Somos luz e sombra
- Liux Leah Academy
- 18 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de abr. de 2020

por Daniela Maistrovicz
O equilíbrio leva a paz. O homem, como tudo o que existe, é regido pelo movimento dos opostos. Os opostos fazem parte da vida e da evolução. O dia é feito de um período claro e de um período escuro, e os dois são importantes e complementares.
E tudo é assim. A dualidade existe como uma ferramenta de evolução, e a busca deve ser pelo constante equilíbrio. Quando não estamos num estado de paz, é porque existe insatisfação, e a insatisfação é um desequilíbrio manifesto.
O homem, enquanto encarnado, é sutil e material, somos alma e somos corpo, somos energia e somos matéria, somos mente e sentimentos, e não há evolução de um sem o outro. Negar a vivência física em prol de uma vivência apenas espiritual é negar a existência em si, e o oposto também. A insatisfação que leva ao desequilíbrio, e consequentemente distancia o estado de paz interior, acontece porque um dos nossos aspectos está tentando dominar o outro. Quando estamos em equilíbrio, vivemos em harmonia com o todo, e isso traz a paz interior que buscamos.
Como compreender esse conceito:
- Aceitar o fato de que somos integrantes do todo, e que isso nos faz maiores e conectados com tudo o que existe.
- Enquanto seres humanos, somos uma manifestação menor do todo, temos um corpo e um ego que nos faz seres individualizados nesse tempo e nesse espaço, mas ainda somos um com o todo.
- Se estamos manifestos nessa forma individualizada, é porque existe um propósito, e se somos o todo, embora em forma individualizada, somos parte importante e integrante deste. Nosso maior servir está no bem comum.
- Nosso ego é importante nessa missão, sem ele, não poderíamos viver essa experiência individualizada, mas sua importância é secundária, antes, somos parte integrante do todo, por isso devemos buscar pela integração com nosso Eu Maior, e na medida de nossa evolução, entregar a Ele o comando de nossos passos.
- Enquanto seres individualizados, desenvolvemos competências, que servem à missão individual enquanto estamos nessa manifestação humana, mas serve antes à evolução do todo, de uma forma geral, nosso ego deve nos servir e não nos comandar
- Quando não estamos num estado de paz interior, geralmente o ego é quem está no poder. Os conflitos começam sempre internamente, e estão diretamente ligados aos sentimentos que alimentamos. Sentimentos nobres como a compaixão, o amor e a gratidão, nos fazem entrar num estado vibracional elevado, que nos torna expansivos e imersos no exercício do servir em prol um de um bem comum. Os sentimentos inferiores nos tornam egoístas, centrados e focados apenas em nós mesmos, e é nesse estado que surgem os conflitos e a paz interna se perde.
A busca pelo equilíbrio das forças opostas que nos regem, deve ser um exercício diário em nossa existência. A humildade nos torna propensos a prosseguirmos cada vez mais longe nessa jornada, todos somos mestres em alguma medida, mas todos somos eternos aprendizes rumo ao retorno da unidade. A postura de humildade nos faz sentir os rumos da condução da nossa vida de forma ampla, sendo essencial na correção assertiva de cada novo percurso iniciado e que nos faz retornar ao equilíbrio. O caminho que nos leva ao fim, é longo, e se intercala entre momentos de luz e momentos de sombras, e somente aquele que consegue seguir por ele numa postura de eterno aprendiz, avançará. A maior realização não está em se chegar ao fim, mas em saber apreciar e extrair positivamente os encantos e os desencantos do caminho.
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